segunda-feira, 11 de junho de 2012

No fundo dos olhos


Olhos abertos. Nem sempre querem dizer muita coisa. Mas naquela noite fora muito diferente. Eles traziam à tona, à lamina d’água do existir de cada alma presente naquele lugar, uma verdade que não pertencia apenas a elas, mas de todas elas e de mim também. Um toque que, pelos simples olhares, fez florir minhas mais íntimas emoções, fazendo também dos olhos meus um portal de acesso a mais de mim e daquilo que me afeta.
Vi dádiva, alegria, simpatia, satisfação, congraçamento, ternura, afeto, cuidado, carinho, respeito e um monte de um outro tanto de bem querências. E elas todas me viram também, pois foi dessa maneira nobre e afetuosa que se apresentaram para mim. Amém.

Glauco Kaizer

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