sábado, 2 de abril de 2011

O que significa acreditar?

Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que acreditar é algo extremamente saudável sobre vários aspectos. Fisicamente já está comprovado que uma pessoa que não acredita, seja lá no que for, e que encara as coisas com pessimismo, abre as portas do seu organismo para a proliferação de radicais livres, responsáveis por processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento, citando os efeitos mais graves. Além disso, tomando em conta os efeitos psicológicos, acreditar significa encarar os desafios sempre de maneira positiva, o que implica na plena utilização de nossas energias físicas, intelectuais e criativas, todas mobilizadas na construção e na antecipação de um futuro que o presente já mostra seus sinais. No entanto, não quer dizer que tenhamos que fazer vista grossa frente às contradições e incoerências que cada situação real propõe para nós e que não haverá dúvidas. Mas o fato de acreditar abre para todos nós uma capacidade de transcendência, de nos vermos e movermos para além dos muros altos das situações concretas que, provisoriamente, nos cercam.

Mas o mais decisivo precisa ser dito, a saber, que acreditar significa estar implicado naquilo, ou melhor, com aquilo em que se acredita. A demonstrabilidade de nossa crença, seja lá em que objeto for, podendo ir do religioso ao secular, pode ser orçada pelo quanto estamos implicados com aquilo que afirmamos verbalmente, sempre traduzido e aliado coerentemente à força de nossa práxis – nossas ações. Não podemos acreditar nas coisas como palavras ou conceitos que aterrissam pura e simplesmente e ficam armazenadas nas gavetas de nossa consciência até que tombam definitivamente no rio do esquecimento. Isso significaria roubar qualquer possibilidade de dinamismo do objeto no qual acreditamos; seria empalha-lo, o que por si só já demonstraria seu óbito. Daqui também decorreriam as racionalizações intelectualistas e burocratizantes que abrem um hiato entre aquilo em que se acredita e aquilo que se realiza.

Enfim, acreditamos bem ou mal em alguma coisa, quando bem ou mal as praticamos. Disso resultará a coerência que preenche todo o nosso discurso e nossa realização. Portanto, por todos esses motivos, acredite sempre; acredite em você; acredite nos outros; acredite nas pessoas que você ama, acredite em Deus, e , finalmente, acredite na vida, presenteada a você como dom e espaço no qual você se constrói sempre como força de sua verdade e crença mais profunda.

Glauco kaizer

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