segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bloco da Malandragem


Chico Buarque estava certo quando afirmou que haveria malandros candidatos a malandros federais e também malandros estaduais (por minha parte). Esses malandros hoje ocupam a câmaras e senado federal, fazendo dessas casas, casas da malandragem institucionalizada. É claro que deve haver bons políticos, mas sobre eles, caso não se rebelem contra essa malandragem, respinga toda essa malandrice praticada acintosamente. E o curioso é que definição de malandro parece que ter sido criada para essa classe regular de malandros profissionais, a saber, individuo dado a abusar da confiança dos outros, que não trabalha e vive de expedientes, sendo o principal deles o desvio de verba pública ou o uso indevido da mesma.
Reportagens a respeito da desonestidade desses agentes públicos inundam a televisão brasileira. Mal tomamos ciência de um escândalo, lá vem outro ladeira abaixo, catalogando mais uma lista de pessoas que abusam da confiança daqueles que depositaram tudo na sua legislatura/gestão. Na verdade, a lista de malandros é grande. Conta com malandros de todo tipo: malandros comunistas, malandros religiosos; malandros ateus; malandros aliados, malandros de oposição; malandro vasilina; mas todos são bons malandros capitalistas, até mesmo os comunistas. Em nome de uma vantagenzinha aqui ou ali, de uma graninha a mais, uma “verbazinha de gabinete”, um vigésimo quinto salário, coisas do gênero de uma imoralidade cínica e despudorada, todos eles se debruçam sobre o pior de sua desumanidade, capaz de enriquecerem-se com o empobrecimento da nação, acrescentando miséria sobre miséria, sofrimento sobre sofrimento.
Esses malandros, não obstante a música do Chico, não chacoalham no trem da central, mas chacoalham com o dinheiro público e com as vidas dos milhões de brasileiros que dependem diretamente desses recursos. Mas até quando deixaremos que esses malandros abusem de nossa paciência?
Glauco Kaizer

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