Palavras são sementes. Só que com uma diferença. Não controlamos seus frutos. Dependendo do contexto, do universo de signos e símbolos que as acolhem, novos contornos e novas significações são realizadas como força de uma etapa nova na construção de sentidos e significados que deem conta da nova experiência. Todavia, elas agem, interagem ou retroagem sem o menor pudor daquele que as proferiu. Podendo até resultar numa finalidade totalmente outra da intenção que as exprimiu. As palavras são vivas; símbolos pulsantes de um povo em constante transformação; podem ser geradoras de esperanças ou dores; podem revelar desafetos ou belos amores; elas codificam uma experiência, que de longe transcende seu universo cognitivo, mas que são pistas de... são acenos de um conhecimento a priori, que diante da experiência da existência humana se curva, reverencia e ganha sua pertinência e sentido. Na verdade, todos somos inventados de palavras e de silêncio. Nas palavras nascemos e renascemos perenemente.
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