Perceber a distância é tomar
ciência de uma presença que se foi; perceber à distância é a experiência
nostálgica daquele que ficou; conformar-se à distância é deixar para trás
aquela proximidade da qual se separou ou da qual foi separado. A distância é assim,
quanto mais ela se fortalece, mais oferece argumentos e razões para ser
distância cada vez mais. E para quem ficou ou se foi, pelo menos aproveite a
distância para lembrar os bons momentos vividos naquela proximidade que se
abandonou ou da qual foi abandonado. Afinal de contas, a distância sempre tem
dois lados: lado que se foi e o lado que ficou.
Glauco Kaizer
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