sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dona Manhã

Lá vem ela, vagarosamente bela
Vistosa, vem de longe...muito longe

Mas nem por isso menos evidente
Cheia de uma beleza que a todos encanta
Uma pintura viva que de tanta beleza torna-se
Inspiração e das mais belas

Passeia todo horizonte, conferindo toda existência
Do norte ao sul, do sul ao norte.
E ao vê-la, em recíproca deferência, toda vida, engrandecida de sua presença
Viceja mais de sua alegria e de seu sentimento de pertença.

Todos prestam-lhe dignas homenagens
É merecedora de cada uma delas
Os pássaros a cantam como ninguém a poderia cantar
O vento corre de um lado para o outro assoviando sua presença
E as arvores desejosas de reverenciá-la, se juntam ao vento
Para dançá-la em flexíveis cumprimentos

Ao achegar-se vai tingindo toda existência
O negrume ao vê-la, de tanta perplexidade, fica rosado de tamanho acanhamento
E empurrado pra longe dali, recua abrindo espaço a toda exuberância que traz consigo
Os homens de pouco sono, tão logo ela dê o ar de sua graça, paralisam sua atenção
Naquela rainha cujo o brilho de sua coroa se estende incansavelmente.

Ninguém se atreve a rejeitar sua presença. Tal seria a ofensa a sua majestade
Apesar disso, uma mescla de imponência e simplicidade compõe
especialmente a maneira pela qual se esgueira por todo horizonte
Atenciosa e solenemente ela aguça sua atenção àqueles que, sob sua luz,
encenam suas felicidades ou mesmo suas tragédias, com a renovada
esperança de quem, ao vê-la, diz: BOM DIA!
Ei-la! Rainha e serva de todos: Dona Manhã!
Glauco Kaizer

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